Monteiro Lobato (1882-1948) está “com tudo e não está prosa”, como se diz em bom português popular. Isso porque ganhou, em abril deste ano, reedição em castelhano de seu livro Reinações de Narizinho, publicado pela Editorial Losada em parceria com a Embaixada do Brasil na Argentina. A edição é uma reprodução da obra traduzida por Juán Ramón Prieto e publicada pela Americalee, em 1944.
Considerado pela história literária brasileira o maior escritor da literatura infantil do país e responsável por levar – há décadas – milhares de crianças (e por que não dizer adultos também?) aos países mais longínquos da ficção (país da Gramática, Reino das Águas Claras, país da Aritmética, para citar alguns), a republicação em castelhano reinicia no país vizinho uma trajetória pela literatura infantil que começou em 1937, com a publicação, em forma de folhetim no jornal La Prensa, da adaptação de Don Quijote de los Niños; traduzido por Benjamin de Garay (? – 1942), o texto ganhou as livrarias em 1938, editado pela Editorial Claridad.
Começava, assim, a aventura da literatura infantil de Monteiro Lobato pela Argentina.
No entanto, as “reinações” de Lobato em castelhano tiveram início 16 anos antes, em 1921, quando, editado por Manuel Gálvez (1884-1962) e traduzido também por Benjamin de Garay (?-1942), Urupês, livro para adultos, foi publicado e teve, assim como em português, sucesso de público.
Começava, assim, a trajetória da literatura adulta de Monteiro Lobato na Argentina.
As duas trajetórias de Monteiro Lobato pelo país do Prata serão motivo, aqui, de outras “reinações”... e há muitas: personagens reais e da ficção, discussões, opiniões e muita literatura.
Thais de Mattos Albieri (San Pablo, Brasil)
La autora ha realizado su tesis de doctorado sobre Monteiro Lobato en Unicamp (Univerisade Estadual de Campinas, Brasil)
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